O Instituto Mamirauá esteve em Abu Dhabi, Capital dos Emirados Árabes Unidos, representado pelo pesquisador Helder Lima Queiroz no congresso da IUCN, a União Internacional para a Conservação da Natureza, realizado em 10 de outubro. Nesta edição, o tema do evento foi a “Crise de Biodiversidade e Extremos Climáticos: Contribuições de ONGs Brasileiras”. De acordo com a IUCN, “como o Brasil sediará a COP 30, esta é uma oportunidade para conhecer como os membros do Comitê Brasileiro estão atuando em todos os biomas nacionais para enfrentar as crises do clima e da biodiversidade.”
O evento, que ocorre apenas a cada quatro anos, é considerado o maior encontro global dedicado à conservação da natureza, reunindo milhares de especialistas, formuladores de políticas públicas e representantes de organizações da sociedade civil de todo o mundo.
O Instituto Mamirauá foi um dos parceiros da IUCN na organização do evento, reforçando seu papel como instituição de referência em pesquisa e conservação na Amazônia.
O congresso contou com a presença de cerca de 7.500 participantes presenciais e 3.000 inscritos na modalidade online, segundo Helder Queiroz.
“Eu venho frequentando estes congressos há muitos anos. Este, sem dúvida, foi o maior de todos”, destacou o pesquisador.
O evento é reconhecido por sua influência na formulação de políticas ambientais em diversos países e por promover a troca de experiências e soluções inovadoras desenvolvidas em diferentes contextos.
“Este evento dá visibilidade a inúmeras ideias ou mesmo experiências de soluções produzidas no mundo todo nos anos mais recentes, que podem ser replicadas em outros lugares. Do mesmo modo, levanta dúvidas e questões que podem ser respondidas aqui com base em outras experiências similares”, explicou Helder.

Helder Queiroz, pesquisador do Instituto Mamirauá, durante o evento. Foto © Angela Pellin
Durante o painel em que participou, o pesquisador apresentou as experiências brasileiras de proteção de espécies da biodiversidade local, destacando os desafios e avanços diante da intensificação da crise climática.
“Minha participação foi mostrar a abordagem de proteção de espécies realizada na Reserva Mamirauá, baseada no seu uso sustentável e no envolvimento e participação dos atores sociais, como as populações tradicionais e as comunidades locais”, afirmou.
A presença do Instituto Mamirauá no Congresso reforça o compromisso da instituição com a integração entre conhecimento científico e saberes tradicionais em estratégias eficazes de manejo e uso sustentável dos recursos naturais — princípios que orientam sua atuação e inspiram práticas de conservação em diversas regiões da Amazônia.
Para saber mais: Congresso Mundial de Conservação da Natureza da IUCN
