II Conferência da Juventude dos Manguezais Amazônicos reúne jovens lideranças em defesa da conservação ambiental

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Autor desconhecido

Publicado em

22/10/25

Com parceria do Instituto Mamirauá, evento destacou a importância dos manguezais para as populações tradicionais e a luta pela justiça climática na Amazônia.

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Conferência reuniu jovens líderes pela conservação dos mangues da Amazônia. Créditos: Rede Cuíras

A II Conferência da Juventude dos Manguezais Amazônicos, realizada nos dias 15 e 16 de março de 2025, em Marapanim, no Pará, foi um marco na luta pela conservação dos manguezais e pelo fortalecimento do protagonismo jovem na defesa do meio ambiente. O evento reuniu jovens de 15 territórios protegidos do estado do Pará, incluindo Reservas Extrativistas (Resex) e Áreas de Proteção Ambiental (APA), além de líderes comunitários, pesquisadores e ativistas. A conferência teve como objetivo fortalecer as vozes jovens na articulação de estratégias para a proteção dos manguezais, um ecossistema vital tanto para a biodiversidade marinha quanto para as culturas e economias locais.

O evento contou com a parceria e participação do Instituto Mamirauá, que em 25 anos de trajetória tem sido ativo na construção de iniciativas de conservação e no apoio às populações tradicionais da Amazônia. O Instituto, por meio do Centro Vocacional Tecnológico (CVT), esteve presente com o coordenador Sandro Regatieri, que contribuiu para o desenvolvimento do evento e para o fortalecimento das políticas públicas voltadas para a juventude e o meio ambiente.  

Na região do Médio Solimões, Amazônia Central, o trabalho do CVT tem sido crucial para capacitar e sensibilizar as comunidades sobre a importância da conservação ambiental, combinando conhecimento científico com saberes tradicionais.

“Para nós, do Instituto Mamirauá, colaborar com o desenvolvimento das capacidades destes jovens “Cuíras” e com o fortalecimento do Coletivo é essencial para o processo que estamos desencadeando nas unidades de conservação do litoral paraense. Seja no empoderamento das juventudes, seja pensando na sustentabilidade das associações, com gente cada vez mais preparada. Esse evento contou com o financiamento da Fundação Gordon e Betty Moore, que tem um componente juventude. A partir de agora é garantir a construção e implementação de um plano de ação da rede Cuíras, em parceria conosco”, explica.

Juventude ativa e mobilizada pela proteção dos mangues da Amazônia

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Crédito: Rede Cuíra?

Adams Almeida é uma das jovens lideranças da região que construiu o evento. Ele destaca a importância da juventude amazônida na luta pela preservação dos manguezais, enfatizando que esses jovens são filhos de uma população extrativista que pratica a sustentabilidade em sua vida cotidiana.  

“Somos filhos e filhas de uma população extrativista que precisa ser reconhecida, pois os mesmos praticam a sustentabilidade e contemplam o Mangue pela cultura do respeito. Nascidos Para Defender os manguezais, nós iremos continuar exigindo nossos direitos de políticas públicas para nossos povos. Que fique claro quem cultiva o Mangue, colhe o Futuro! ”, afirma.

Ádylla, por sua vez, destacou o movimento crescente da juventude dos manguezais em direção a uma ação climática mais eficaz. Ela ressaltou a importância do encontro, que não só fortaleceu as lideranças jovens, mas também criou um espaço de articulação para os guardiões do cinturão verde da Amazônia, a maior área contínua de manguezais do mundo.  

“A juventude dos manguezais amazônicos está em movimento e em ação climática”, ressalta a jovem.

A conferência também teve a presença de Letícia Moraes, vice-presidente do Conselho Nacional das Populações Tradicionais (CNS), que, como mulher, jovem e mãe, fez um compromisso de dar continuidade ao legado de Chico Mendes na luta pela preservação dos direitos dos povos tradicionais e pela sustentabilidade.

Um dos momentos mais significativos da conferência foi a realização da I Marcha da Juventude pelo Clima, no dia 16 de março, coincidindo com o Dia Nacional de Conscientização sobre as Mudanças Climáticas. A marcha fez parte da campanha “Nascidos para Defender os Manguezais” e foi um símbolo da união da juventude na defesa do clima e dos ecossistemas que sustentam as comunidades da região.

A II Conferência da Juventude dos Manguezais Amazônicos se configurou como um espaço estratégico de troca de experiências e de construção de propostas concretas para a preservação ambiental. Em tempos de crise climática, o evento reafirmou a importância da juventude na defesa dos ecossistemas e das culturas tradicionais da Amazônia, demonstrando que, por meio de articulação e ação coletiva, é possível promover a justiça climática e a preservação do futuro do planeta.

O evento é uma realização da Rede Cuíra – jovens protagonistas dos manguezais amazônicos e contou com o apoio do Fundo Casa Socioambiental, Fundo Brasil e Fundação Gordon e Betty Moore. Na parceria, estão o Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, Ministério da Ciência, Inovação e Tecnologia, CONFREM Brasil, RARE Brasil, Conselho Nacional Extrativista (CNS) e Rede Mães do Mangue.

Conferência reuniu jovens líderes pela conservação dos mangues da Amazônia. Créditos: Rede Cuíras
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